Feedback na
EaD – manutenção da interatividade construtiva
Finalizar o
curso com a leitura do texto O desafio de
uma interação de qualidade na Educação a Distância: o tutor e sua importância
nesse processo, de autoria de Mill et all (2008) é como se estivéssemos
lendo as contribuições feitas ao longo das seis semanas. Discutiu-se o papel do
tutor, profissional da educação em um novo espaço físico e temporal, em uma
nova didática pedagógica, cujo papel se ressalta no processo
ensino-aprendizagem. Em um espaço
assíncrono, a capacidade de comunicação e de interação faz-se premente.
Como fazer o
aluno sentir-se se acolhido e acompanhado?
Como ajudá-lo a superar as diferentes e múltiplas dificuldades presentes,
muitas vezes reflexos e resultados de um processo anterior?
Os
diversos autores apresentados no texto por Mill et al. discutem a importância
do tutor em conceitos contemporâneos de espaço e tempo, o qual deve ter
diferentes habilidades. Segundo eles, pode-se afirmar que “um bom professor não é, necessariamente, um bom tutor”. Este deve ter competências tecnológicas, competências
sociais e profissionais, em que a habilidade de comunicar com o outro, pela
escrita ou por outras formas (como gravação audiovisual), de forma clara e em
um processo de construção, é essencial para que ocorra a formação do aluno
autônomo. Temos aqui a necessidade de conhecimento das diversas possibilidades
pedagógicas de tecnologias disponibilizadas não somente no ambiente virtual,
mas também aquelas presentes no dia a dia dos nossos alunos, a fim de otimizar
suas características para a interação e a interatividade entre os envolvidos no
processo.
São várias as palavras que podem designar o
papel do tutor, mas as mais significativas são a socialização e a construção de
saberes em comum (Flemming et al (2007 apud
Mill et al, 2008). Isso é comprovado pelos resultados de uma pesquisa sobre
“coeficiente de comunicação feita por Palloff e Prat (apud Soares, 2003):
para
os alunos, o estar/sentir conectado é
mais importante que o conteúdo.
Portanto, o papel do feedback nesse processo
é primordial, devendo o tutor tomar diversos cuidados na comunicação a fim de evitar
mal-entendidos ou recuos no aprendizado e na interação: na escrita, na fala, no
tempo de devolução do feedback para facilitar o fazer e o refazer; na atenção à
clareza e à coesão; no uso da netiqueta. Conforme Mill et al., o envio de
vários feedbacks construtivos e positivos permite ao aluno construir diversas
competências, como compreender o conteúdo, discutir e rediscutir os temas,
comunicar-se e interagir com o outro.
Assim, o feedback é ferramenta de trabalho
para e de todos os envolvidos.
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